22
08
2022

INDÚSTRIA FARMACÊUTICA BUSCA ALTERNATIVAS PARA FIM DE TESTES EM ANIMAIS

Postado por: Bruna Godoy 0

Pesquisadores constatam falhas nos testes de medicamentos em animais, principalmente quando se tratam de remédios oncológicos onde encontram desafios para comprovar a eficácia contra o câncer, conforme reportagem do jornal britânico Financial Times.

Por esse motivo os testes em animais podem estar chegando ao fim, e surge um novo substituto chamado organoides (estruturas em 3D cultivadas in vitro equivalentes ao tecido primário recolhido de pacientes com câncer).

Os testes em animais possuem 8% de exatidão, já os realizados nos organoides apresentam até 80% sucesso em predizer a eficácia desses medicamentos.

Conforme matéria na Abradilan “o uso desse método comprovou a eficácia de um medicamento da Lift Biosciences, com sede em Cambridge. A farmacêutica testou antes em camundongos, mas o remédio não funcionou. O motivo: os glóbulos brancos dos animais consumiram a terapia antes mesmo que ela começasse a funcionar. Quando testado em organoides, porém, a droga “destruiu completamente” o câncer”.

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Os animais mais utilizados em testes são os camundongos, porém, diversos outros como porquinhos-da-índia, macacos, cachorros e coelhos são utilizados como cobaias em laboratórios mundo afora.

Muitos medicamentos testados em ratos não possuem o mesmo resultado em humanos, por essa baixa confiabilidade que está sendo essencial novas pesquisas.

“Existem sete mil doenças raras e apenas 400 estão sendo pesquisadas ativamente porque não há modelos animais”, disse o cientista-chefe da Hesperos, uma empresa de organoides da Flórida, James Hickman. “Não estamos falando apenas de substituir ou reduzir o uso de animais, mas preencher um vazio onde não existem modelos de animais para a realização desses testes”.

Há também a questão ética, ativistas e protetores da causa animal apertam a indústria para acabar de uma vez por todas com esses testes que causam a exploração animal. A organização Cruelty Free International estima que existem mais de 100 milhões de testes e experimentos em animais no mundo – e pouca ou nenhuma mudança nos últimos anos.

Para a indústria é previsto um corte de gastos em pesquisa e desenvolvimento. O uso de organoides no teste de medicamentos tende a afetar a produtividade das farmacêuticas em curto e médio prazo.

O grupo Merck, por sua vez, decidiu em 2020 que eliminaria gradualmente os testes em animais. A empresa está usando organoides de forma limitada, além de tecidos animais e humanos para testar os efeitos dos compostos.

Fonte: Gizmodo.uol, Abradilan

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