2022

MEDICINA VETERINÁRIA: Perigos

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Postado por: João Lucas - Marketing 0

O médico veterinário está sujeito a vários riscos em sua profissão, entre eles riscos físicos, ergonômicos, de acidente, químico e biológico. Quando não instruídos sobre estes riscos inerentes a profissão o mesmo se tornam expostos aos danos destes riscos que são, em muitas das vezes, irreversíveis causando sequelas

Trabalhar como veterinário ou como assistente em uma clínica veterinária nunca foi para os fracos. Embora mordidas e arranhões sejam as lesões mais comuns, há muitos outros perigos. Eles incluem perfurações acidentais com agulhas, aflições conhecidas como doenças zoonóticas que podem passar de animais para humanos, lesões nas costas por levantar e segurar animais, com exposição a gases anestésicos e radiação.

Um levantamento da Universidade de Iowa, mostra que a comunidade veterinária enfrenta altíssimo risco em relação a patógenos como a Influenza Aviária e Suína, hepatite suína E, brucelose, febre Q (infecção causada por Coxiella burnetii), psitacose aviária e felina, estafilococose por S. aureus resistente à meticilina (MRSA) e outros.

Como eles próprios admitem, grande parte é negligente na adoção dos procedimentos higiênicos recomendados e até no uso de vestes e equipamentos de proteção, seja porque causam desconforto, por falta de tempo ou de condições para a adoção de determinados procedimentos

Em uma pesquisa federal de 2016, os serviços veterinários registraram a segunda maior taxa de lesões e doenças não fatais relacionadas ao trabalho entre todas as indústrias dos EUA monitoradas. Além disso, estudos descobriram que os veterinários durante anos tiveram altas taxas de suicídio, e a profissão cada vez mais se concentra nesse problema.

Outro assunto atual é a questão da saúde mental do médico veterinário e o papel da eutanásia: os médicos-veterinários vivem um quadro de desgaste emocional e físico. A realidade diária de lidar com a morte e a falta de definição de objetivos na vida profissional e pessoal são as principais causas relacionadas ao desenvolvimento de síndromes laborais como, por exemplo, bournout. A prática da eutanásia animal é um dos fatores estressores associados a essa exaustão.

Vários são os fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento de problemas mentais e mesmo pensamentos suicidas na Medicina Veterinária e Sentimentos como tristeza, impotência, sensação de alívio por findar o sofrimento, compaixão, insegurança, frustração e responsabilidade, além de sinais físicos e psíquicos, como ansiedade, irritabilidade, angústia, cansaço físico e dores musculares, são os sintomas mais relatados por profissionais e estudantes que praticam e convivem com a eutanásia animal.

Com isso podemos concluir que os médicos-veterinários brasileiros não estão sendo preparados para lidar com a morte de seus pacientes nem com as implicações morais e éticas que enredam esse tema. Tornou-se evidente o impacto psicológico que a prática da eutanásia gera a esses profissionais.

Com isso podemos notar que são diversas as ocorrências vivenciadas por médicos veterinários, sejam físicas ou mentais, e é necessário ser forte para estar no âmbito veterinário. Lembrando que buscar ajuda e se cuidar não é ‘’ frescura ‘’ e se deve buscar auxílio profissional nos primeiros sintomas de qualquer origem.